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Projeção aponta que taxas de juros menores devem estimular o mercado imobiliário em 2024

Após dois anos consecutivos de aumento nas taxas para o financiamento imobiliário, o cenário para 2024 se mostra mais favorável, especialmente devido à baixa gradativa da taxa Selic e à recomposição do funding de crédito imobiliário. A análise é do vice-presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Gustavo Berto.

Baseando-se em dados, a pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc) revela que, para cada redução de um ponto percentual na taxa de juros, 800 mil novas famílias conseguem viabilizar a compra do imóvel por meio do financiamento imobiliário no país, especificamente no segmento econômico.

Berto atribui o crescimento do setor a outros fatores, como a retomada gradual dos programas de habitação social com o Plano Minha Casa Minha Vida e um maior interesse do mercado em investir em operações lastreadas em garantias e projetos imobiliários, como FII, LIG, CRI, entre outros.

As principais alterações no programa habitacional incluem a diminuição da taxa de juros para financiamento, ampliação do subsídio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para entrada no imóvel e aumento do limite máximo para o valor dos imóveis no programa.

O sócio-consultor da BRAIN Inteligência Estratégica, Marcelo Luís Gonçalves, destaca que essas mudanças podem impulsionar o mercado imobiliário em 2024, especialmente se confirmado o aporte de R$92 bilhões em recursos do FGTS.

A Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), também mostra que, até agosto de 2023, a venda de imóveis no Brasil cresceu mais de 20%. Com a perspectiva de redução das taxas de financiamento e uma economia favorável, a tendência é que esse índice de crescimento se mantenha.

O vice-presidente-financeiro da Ademi-PR, Gustavo Berto, prevê um crescimento mais significativo a partir do segundo semestre de 2024, quando os efeitos da queda da taxa de juros começarão a ser percebidos. Ele destaca a resiliência do mercado da construção e do crédito imobiliário, buscando um desempenho semelhante ao de 2023, construindo as bases para um 2025 de forte crescimento.

Quanto ao financiamento para incorporadoras, a expectativa é que o funding cresça em 2024. O vice-presidente financeiro da Ademi-PR acredita que haverá uma melhoria na captação de recursos no próximo ano, tornando-se mais favorável para as empresas do mercado imobiliário.

O Brasil é visto como um mercado emergente de baixo risco, com legislações e regulamentações estruturadas, o que contribui para a confiança dos investidores. Gonçalves destaca que, mesmo não sendo o primeiro da lista para investir, o Brasil é considerado um país com oportunidades interessantes, especialmente se houver estabilidade econômica.

Recentemente, o Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) revelou uma alta de quase 6% no preço dos imóveis no Brasil, no terceiro trimestre de 2023. Em Curitiba, dados da última pesquisa da Ademi-PR, em parceria com a BRAIN Inteligência Estratégica, mostram uma valorização anual de 11,1% no preço médio do metro quadrado privativo dos imóveis residenciais novos em setembro de 2023.

O vice-presidente financeiro da Ademi-PR, Gustavo Berto, enxerga 2024 como um momento propício para a compra de imóveis, destacando a retomada dos lançamentos, a adequação da taxa de juros, o baixo estoque de imóveis à venda e a maior oferta de crédito para financiamento imobiliário.

Foto: Pedro Ribas / SMCS

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