A Petrobras divulgou hoje, terça-feira (15 de agosto de 2023), um reajuste nos preços dos combustíveis, que entrará em vigor a partir de quarta-feira (16 de agosto). O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras aumentará de R$ 2,52 para R$ 2,93 por litro, representando um aumento de 16,3% ou R$ 0,41 por litro.
O diesel também sofrerá um aumento significativo de R$ 0,78 no preço de venda às distribuidoras. Passará de R$ 3,02 para R$ 3,80, o que significa uma elevação de 25,8%.
No acumulado do ano, o preço de venda médio de gasolina da Petrobras para as distribuidoras apresenta uma redução de R$ 0,15 por litro. Já o diesel registra uma diminuição acumulada de R$ 0,69 por litro em 2023.
Devido à obrigatoriedade da mistura de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro na gasolina vendida nos postos, a parcela da Petrobras no preço final ao consumidor será, em média, de R$ 2,14 por litro. No caso do diesel, considerando a mistura de 88% de diesel A e 12% de biodiesel, a parcela da empresa no preço final do combustível será de R$ 3,34.
Nas últimas semanas, a Petrobras tem enfrentado críticas por não ajustar os preços no mercado doméstico de acordo com as flutuações nos preços internacionais. Essa falta de atualização resultou em uma defasagem de 45% no preço da gasolina e 31% no preço do diesel, conforme destacado por um relatório da XP Research divulgado na segunda-feira (14 de agosto).
Em um comunicado, a Petrobras mencionou que sua nova estratégia comercial possibilitou o controle dos preços dos combustíveis, apesar da volatilidade no mercado internacional. Contudo, essa situação levou a empresa ao limite de sua capacidade operacional e ao aumento das importações de combustíveis. Diante desse cenário, o aumento anunciado se apresentou como a única alternativa.
“Ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira, a companhia reitera que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”, comunicou a Petrobras.