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Paraná se destaca com queda de 54% no desmatamento da Mata Atlântica

O estado do Paraná desponta como líder na redução do desmatamento ilegal da Mata Atlântica no Brasil nos primeiros cinco meses de 2023. A área de vegetação suprimida diminuiu significativamente, passando de 1,8 mil hectares para 860 hectares, em comparação com o mesmo período do ano anterior, representando uma queda de 54%. Outros estados também apresentaram progressos notáveis, como Minas Gerais (47%), Santa Catarina (46%) e Bahia (43%).

No contexto nacional, a área desflorestada do bioma teve uma redução média de 42%, com 7 088 hectares desmatados entre janeiro e maio de 2023, em comparação com os 12 166 hectares registrados no mesmo período de 2022. Esses dados são provenientes do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, uma parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, Arcplan e a plataforma colaborativa Mapbiomas, especializada em meio ambiente.

O sucesso alcançado pelo Paraná é resultado do comprometimento no combate ao desmatamento ilegal, o que deve ser celebrado. Everton Souza, diretor-presidente do Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), destacou a seriedade do trabalho realizado e a eficácia das ações implementadas desde 2019 pelo governo Ratinho Junior. Monitoramento, fiscalização, repressão e educação ambiental têm sido fatores fundamentais para esses resultados positivos.

As análises mensais do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do IAT já vinham apontando a redução progressiva da supressão vegetativa no estado. Esse avanço foi evidenciado em relatório anterior divulgado pelo MapBiomas, que indicou uma diminuição de 42% entre 2021 e 2022 no Paraná, sendo essa a segunda maior redução no país.

O diretor-presidente do IAT ressaltou que apesar dos resultados promissores, não há espaço para complacência. O estado do Paraná não tolera o desmatamento, pois busca um desenvolvimento sustentável como meta. A conscientização da população é também um aspecto essencial para a preservação ambiental.

A intensificação da fiscalização tem sido notável nos últimos anos, com cerca de 600 pessoas atuando diariamente em todo o estado sob a coordenação do IAT. Ao longo do período de 2018 a junho de 2023, foram expedidos 14.822 Autos de Infração Ambiental (AIA), totalizando multas de R$ 350 milhões, sendo mais de R$ 55 milhões aplicados apenas nos primeiros três meses deste ano. Esse esforço resultou em uma evolução significativa, passando de 1.168 AIA em 2018 para 3.433 em 2022, com mais 2.117 infrações registradas somente no primeiro semestre de 2023.

A utilização de tecnologia também se tornou uma aliada importante na preservação do bioma. Alertas gerados por imagens de satélite têm auxiliado o Instituto Ambiental do Estado na fiscalização de supressões de floresta natural. Além disso, a implementação do Sistema de Fiscalização e Controle Ambiental (FICA) está em andamento e promete modernizar o processo de gestão dos autos de infração, tornando a fiscalização mais preditiva e eficaz.

O Paraná tem mostrado um crescimento significativo na cobertura florestal natural, representando um aumento de 205 km² entre 2017 e 2022, equivalente a uma área de 20,5 mil campos de futebol. O estado foi o único do Sul do Brasil a registrar aumento nesse período, enquanto Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram redução em suas áreas verdes.

Como ajudar

A denúncia é uma forma essencial de contribuir para a minimização dos crimes contra a flora silvestre. O canal do Batalhão Ambiental, Disque-Denúncia 181, permite análises in loco de todas as informações recebidas, sendo uma importante ferramenta para coibir a prática do desmatamento ilegal. Os responsáveis por tais crimes estão sujeitos a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente).

Foto: IAT

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