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O desmatamento na Mata Atlântica está em pauta com o novo boletim do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, que abrange os meses de setembro e outubro de 2023. Os dados indicam uma redução no desmatamento, com 1.513 hectares de floresta derrubados, em comparação com 2.616 no mesmo período do ano anterior, representando uma diminuição de 42%. Isso equivale a mais de mil campos de futebol de área verde preservada em apenas dois meses. Quatorze dos 15 estados brasileiros que compõem o bioma registraram queda no desmatamento, enquanto um manteve-se estável.

No Paraná, a redução foi significativa, com uma diminuição de 59%, passando de 384 para 158 hectares desmatados. Esse resultado coloca o estado em terceiro lugar na redução de desmatamento, atrás apenas do Rio Grande do Sul, com 76%, e São Paulo, com 77%.

Esses números refletem uma tendência observada desde o início de 2022, quando o desmatamento já havia diminuído 59% entre janeiro e agosto. O SAD Mata Atlântica é fruto de uma parceria entre diversas entidades e conta com o patrocínio de empresas como Bradesco e Fundação Hempel.

A redução do desmatamento ocorreu mesmo diante de incertezas para a Mata Atlântica, como a aprovação da MP 1150, que representava uma ameaça à legislação ambiental, mas foi vetada pelo presidente Lula após mobilização da sociedade civil e do Congresso.

Apesar dos avanços, o diretor-executivo da Fundação SOS Mata Atlântica ressalta que apenas reduzir o desmatamento não é suficiente. É necessário alcançar o desmatamento zero em todos os biomas até 2030, conforme compromissos firmados no Acordo de Paris. A restauração florestal também desempenha um papel crucial nesse contexto.

A operação Mata Atlântica em Pé, realizada pelo Ministério Público do Paraná, identificou milhares de hectares com supressão ilegal de vegetação, resultando em multas significativas. A fiscalização é vista como essencial no combate ao desmatamento na região.

O SAD Mata Atlântica utiliza tecnologia avançada, como imagens de satélite Sentinel 2, para detectar potenciais áreas de desmatamento, contribuindo para um monitoramento transparente e aberto.

Esses dados são disponibilizados na plataforma MapBiomas Alerta, facilitando o acesso à informação e possibilitando ações mais eficazes na proteção do meio ambiente.

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