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A cada dois minutos, uma mulher é vítima de violência no Paraná, conforme registrado em 2023, quando houve 231.864 ocorrências desse tipo em todo o estado.

Os dados do Centro de Análise, Planejamento e Estatística (Cape) da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP-PR) indicam aumento nos casos de violência doméstica contra a mulher, feminicídios e violência sexual, alcançando o maior número de registros para um ano desde 2020.

Os casos de violência contra a mulher aumentaram 11,6% em 2023, totalizando 231.864 registros, comparados a 207.805 ocorrências no ano anterior. Curitiba, Londrina, Ponta Grossa e Cascavel registraram o maior número absoluto de casos.

Na violência doméstica contra a mulher, houve um aumento ainda mais expressivo, com 67.794 ocorrências em 2023, um aumento de 16,9% em relação a 2022. A análise dos dados revela que essas situações ocorrem principalmente nos finais de semana e no período da tarde e início da noite.

Os feminicídios também aumentaram, com 81 casos registrados em 2023, um aumento de 5,2% em comparação com o ano anterior. O ano de 2024 já começou com 11 feminicídios apenas em janeiro.

Os casos de violência sexual também tiveram um aumento significativo em 2023, totalizando 11.746 registros, um aumento de 14,4% em relação a 2022.

Para combater essa situação, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) emitiu 14 recomendações aos poderes Executivo e Judiciário e ao Ministério Público Estadual, visando tornar mais efetivas as políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher.

O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Cevid), iniciou a 26ª edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa, com o objetivo de dar maior celeridade na tramitação processual dos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher e feminicídios.

Atualmente, há 116 mil ações penais em andamento no Judiciário paranaense que tratam de violência contra a mulher, e o ano de 2023 encerrou com 53 mil medidas protetivas de urgência autuadas.

Esses números são preocupantes e evidenciam a urgência de ações concretas para enfrentar a violência de gênero, conforme preconizado pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

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