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Pais de menina vítima de tentativa de sequestro em Quatro Barras se mostram indignados com liberação do suspeito

Indignação. Essa é a palavra que descreve o sentimento dos pais de uma menina de 11 anos, que afirma ter sido vítima de uma tentativa de sequestro na tarde dessa quarta-feira (18) em Quatro Barras. O suspeito do crime, que segundo informações é professor da UFPR, foi detido pela Guarda Municipal, mas pagou fiança e foi liberado horas depois.

Conforme a versão dos pais da garota, ela foi abordada pelo suspeito em um ponto de ônibus após sair da casa dos tios, próximo à região central da cidade. “Ele parou com o veículo e chamou minha filha para entrar dentro do carro. Assustada, ela correu pedir socorro em um supermercado”, disse o pai em conversa com o Jornal União.

A notícia da soltura do suspeito foi dada aos pais enquanto eles ainda estavam na delegacia aguardavando o desenrolar da situação. “A primeira informação que recebemos foi que ele iria passar a noite na delegacia e hoje (quinta-feira) iria passar por uma audiência de custódia em que poderia ser transferido para o sistema prisional. Mas ontem mesmo o policial de plantão chegou até nós e disse: sinto muito, mas ele vai ser liberado. Ficamos indignados!”, lamenta o pai.

Suspeito foi visto “rondando” endereço após sair da delegacia

Uma situação que causou estranheza da família foi o fato do suspeito, assim que foi liberado da delegacia, ser visto “rondando” as proximidades do endereço onde ele abordou a menina. “Ontem no início da noite, saí para pegar ônibus e vi o carro dele parado na esquina de casa. Meu esposo tentou ir atrás dele pra saber o que ele estava fazendo lá, mas ele saiu correndo. A sensação é que estamos presos dentro de casa e sendo vigiados depois do acontecido”, revela preocupada uma das tias da menina.

Pais vão novamente à delegacia

Na manhã desta quinta-feira (19) os pais da menina estiveram novamente na delegacia para buscar respostas sobre a liberação do suspeito. A mãe da garota prestou um novo depoimento, enquanto o pai tentava ter acesso ao Boletim de Ocorrência do caso. O Jornal União tentou conversar com o delegado responsável, no entanto, fomos informados que ele e sua equipe de investigação estavam em diligências externas.

O que se tem de informações extraoficiais foi que o advogado de defesa do suspeito, já na data de ontem, conseguiu adiantar a audiência marcada para acontecer nesta quinta-feira (19). Durante as diligências, foi estipulado uma fiança de R$ 2 mil  para que o suspeito fosse liberado. Segundo a Polícia Civil, não há mandado de prisão contra o suspeito, tampouco histórico criminal.

Outra tentativa suspeita

Assim que o caso da tentativa de sequestro da garota começou a ser compartilhado nos grupos de WhatsApp da cidade, um vídeo mostrando uma outra abordagem do mesmo suspeito, dessa vez contra um menino, veio à tona. As imagens foram flagradas por câmeras de monitoramento instaladas na Avenida Dom Pedro II, próximo à delegacia.

Os pais da menor tentam com essas imagens endossar as acusações contra o suspeito, alegando que ele teria tentado sequestrar outra criança na região. A família disse que conseguiu imagens mais nítidas da situação e que vai acionar um advogado para cuidar do caso.

Suspeito é docente da UFPR

Segundo levantamento feito pelo Jornal União, o suspeito da tentativa de sequestro da menor é docente – desde de 2009 – da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Segundo o próprio site da instituição, ele é professor do departamento de design, bem como docente de cursos de bacharelado, mestrado e doutorado em design.

O que diz a UFPR

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) emitiu um parecer sobre o ocorrido. Segundo a nota enviada à imprensa, a instituição tomou ciência do fato por intermédio dos últimos noticiários. A nota diz o seguinte:

“A Universidade Federal do Paraná (UFPR) comunica que tomou conhecimento, por meio da imprensa, de recentes denúncias envolvendo um professor da instituição, na cidade de Quatro Barras. A UFPR reitera o compromisso de aguardar as investigações em curso e a subsequente decisão da justiça, respeitando rigorosamente os princípios do amplo direito de defesa e do contraditório, que são fundamentais em casos de acusações criminais. Além disso, a instituição destaca sua disposição em colaborar integralmente com as autoridades competentes no que for necessário para esclarecer os fatos.”

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