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O mecânico aposentado Neywaldo Rosendo, o “Ney”, aceitou compartilhar parte de sua história nesse espaço de grande sucesso aqui do Jornal União – o “Nossa Gente” – o primeiro de 2023 inclusive. O Ney foi aquelas personalidades que nossa reportagem saiu às ruas para procurar e o encontrou dentro de uma loja de utensílios domésticos, lá no Jardim Ceccon, em Campina Grande do Sul, bairro em que ele reside há 15 anos.

O Ney estava na companhia de sua inseparável Scooter elétrica de 4 rodas, veículo motorizado à bateria que o transporta para todos os lugares. Sem titubear, ele logo foi abrindo o coração. Disse que é natural de Curitiba, mais precisamente da região do Hauer, e nos relatou que está viúvo há seis anos de um casamento que havia acabado de completar bodas de esmeralda (40 anos). Sua companheira faleceu em decorrência de um câncer, momento muito triste e marcante na vida dele. Também não é pra menos, 40 anos é uma vida!

Ele relembra que suas ocupações profissionais foram sempre voltadas ao ramo automotivo, com destaque para a mecânica. A paixão por carros começou ainda na infância, quando seu pai o levou pela primeira vez à uma oficina. “Meu pai percebeu que eu tinha o dom e decidiu investir em mim. Ele tinha alguns amigos mecânicos e pediu para que eles me ensinassem. Com 14 anos eu já sabia montar motor de carro. Depois fui me especializando e fazendo cursos na área”, conta ele.

Infelizmente quis o destino que o Ney fosse obrigado a dar uma pausa na profissão. Ele começou a enfrentar problemas de saúde nas pernas, uma delas chegou a ser amputada e a outra ele sente certa dificuldade para se firmar no chão. Sem contar que os médicos já o orientaram pra que ele evite fazer grandes esforços, ainda mais agora que se recupera de uma cirurgia na barriga. Por falar em cirurgia o Ney já passou por sete só nos últimos três anos, chegou a ficar dias no hospital, tomou morfina e quase partiu dessa para melhor. “Pedi pra Deus se fosse pra me deixar sofrendo que me levasse de uma vez. Ele me permitiu viver mais um bocadinho”, conta ele com um sorriso no rosto.

O bom humor do Ney é algo que chama a atenção de todos à sua volta. Até o dono da lojinha em que ele estava falou o seguinte: “Mesmo com todas as dificuldades ele sempre está assim, contente!”. Hoje aos 67 anos, o Ney se considera uma pessoa realizada em todas as áreas. Conseguiu conquistar casa, carro e o mais importante pra ele, criar os quatro filhos e dar a cada um deles os estudos necessários. Hoje todos estão formados, um deles inclusive morando fora do país.

É notório a falta que a companheira falecida lhe faz, falou dela em vários momentos durante a entrevista. Em certo momento Ney confessou que ela era fã do Elvis Presley e Deus o livre se ele ouvir uma música do cantor: os olhos lacrimejam e a saudade aperta no peito. As canções do rei do rock, que nos deixou em 16 de agosto de 1977, não só foram sucesso mundial como também marcaram momentos de vários casais apaixonados, incluindo o de Ney e sua esposa.

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