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Além das políticas públicas e das ações dos governos municipais, estaduais e do governo federal, a sociedade civil também se organiza para combater a violência contra as mulheres. Nesse sentido a Ong Todas Marias, de Curitiba, tem feito um trabalho social para acolher vítimas de violência doméstica.

Sua fundadora, Gorreti Bussolo, falou ao Jornal União sobre o projeto. Ela conta que mais de 7.500 mulheres, adolescentes, crianças e LGBTI+ já entraram em contato para pedir ajuda após participações na mídia. O instituto presta todos os apoios para as pessoas que buscam ajuda. “Buscar ajuda sozinha é doloroso, demorado diria até que impossível, pois quanto maior o tempo de permanência mais os danos físicos e morais. Ajudamos a dar um basta mesmo que seja difícil”, comenta.

Mais De 7.500 Mulheres Adolescentes Criancas E Lgbti Ja Entraram Em Contato Para Pedir Ajuda Instituto Todas Marias Oferece Orientação De Como Pedir Ajuda Em Caso De Abuso Doméstico
Mais de 7.500 mulheres, adolescentes, crianças e LGBTI+ já entraram em contato para pedir ajuda.

Gorreti ainda dá dicas para identificar uma situação de relacionamento abusivo: “Em relacionamento abusivo costumam usar da manipulação para culpar a vítima que se o agressor está tratando-a assim, é por culpa dela! E por causa disso, somada à falta de preparo dos profissionais, desmerecimento, o descrédito da sociedade e a ausência do apoio familiar que as mulheres não denunciam”, inicia.

Ela acrescenta: “Precisamos de medidas protetivas mais eficientes mesmo que elas não queiram denunciar ou dar continuidade no processo. Criar mecanismos para que todas as mulheres apertem o botão de pânico imediatamente. É urgente que tenhamos mais importância que os animais irracionais, pois maltratar um animal tem até penas mais duras do que abusar das mulheres”.

As mulheres que dependem economicamente do agressor podem buscar os canais de auxílio Maria da Penha, como Delegacias Especializadas, Casas da Mulher Brasileira, Centros de referência e apoio à Mulher (CRAM), Delegacias online. Os dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que os homens são mais propensos a violência domestica se tiverem baixa escolaridade, maus tratos infantis, ou presenciarem alguma violência doméstica em sua vida.

“Precisamos das leis cumpridas, um judiciário atualizado e capacitado sobre os motivos que a mulher se mantém nos relacionamentos abusivos, um Judiciário “desaprendido” de toda misoginia estruturante que reina em cada “martelada” sentenciando-a como culpada. Julgar o criminoso, não o gênero”, conclui.

A Todas Marias é também uma Ong que recebe apoio da Evertis de Quatro Barras.

Disque 180,181,190,153. Disque 100, disque denúncia.

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