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No espaço de apenas dois meses e meio de 2024, o Brasil já contabiliza 1,68 milhão de casos prováveis de dengue, ultrapassando o total de todo o ano anterior (1,66 milhão), como divulgado pelo Ministério da Saúde no Painel de Monitoramento de Arboviroses.

Em relação aos óbitos, embora as ocorrências deste ano (513) ainda não excedam o total registrado nos 12 meses anteriores (1 094), há 903 mortes sob investigação, o que pode elevar as estatísticas de letalidade da dengue neste período inicial de 2024.

Comparando-se os casos prováveis no mesmo intervalo de 2023 e 2024 (primeiros dois meses e meio do ano), nota-se uma multiplicação por cinco dos casos neste ano em relação ao anterior. A maioria dos casos prováveis neste ano afeta as mulheres (55,5%).

Na semana passada, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná decretou estado de emergência em saúde devido à dengue. O estado enfrenta uma situação preocupante, com mais de 90 mil casos confirmados até o momento e 49 mortes decorrentes da doença.

Desaceleração

Durante entrevista coletiva no COE-Dengue na última sexta-feira, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, mencionou que a evolução dos casos de dengue sugere uma possível desaceleração, destacando a necessidade de análise regional devido aos diferentes momentos de crise epidemiológica em cada estado.

O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública, Marcio Garcia, complementou afirmando que o objetivo é minimizar as mortes pela doença, recomendando que qualquer pessoa com sintomas como febre persistente, dor abdominal intensa, vômitos persistentes, queda de pressão ou fraqueza procure uma unidade de saúde imediatamente, ressaltando que a ausência de sangramentos não descarta a gravidade da doença.

Mutirão no Paraná e intensificação do combate ao Aedes aegypti Profissionais de saúde, gestores municipais e cidadãos se uniram no último sábado em todo o Paraná para combater a dengue. A ação faz parte da mobilização estadual da Secretaria de Estado da Saúde, Defesa Civil e Comitê Intersetorial para o Controle da Dengue, convocando os paranaenses a participarem ativamente do enfrentamento à doença, com ações como limpeza de locais propícios à reprodução do mosquito transmissor e atividades educativas.

Apesar das altas temperaturas registradas em todo o estado, equipes municipais, em parceria com as Regionais de Saúde, realizaram remoção de focos do mosquito Aedes aegypti em residências, terrenos baldios e espaços públicos, além de distribuir material informativo sobre a doença e prevenção em ruas e escolas.

O Paraná está em situação de emergência em saúde pública para a dengue desde quinta-feira. O decreto 5.183/2024 terá vigência por 90 dias, visando reforçar as ações de controle e combate à doença.

Na sexta-feira, o Governo do Estado lançou uma nova campanha contra a dengue, recorrendo à inteligência artificial para sensibilizar sobre a importância das medidas simples de combate ao mosquito, como evitar água parada, ambiente propício para a proliferação do Aedes aegypti.

Ao longo da semana, aconteceu a campanha Primeiras-Damas Unidas Contra a Dengue, iniciada em 11 de março em 370 municípios, com a participação de gestores e agentes públicos, estendendo-se até sábado.

Casos

O Paraná atualmente ocupa o 4º lugar entre os estados com maior incidência de dengue, seguindo Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal, de acordo com dados do Informe nº 5 do Centro de Operação de Emergências (COE) do Ministério da Saúde.

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