No sábado, o Brasil recebeu a primeira remessa de aproximadamente 750 mil doses da vacina contra a dengue, disponibilizada pelo SUS. Essas doses fazem parte de um total de 1,32 milhão, fornecidas pela Takeda, farmacêutica que não cobrou do Ministério da Saúde.
Uma segunda remessa de 570 mil doses está prevista para fevereiro, somando-se às 5,2 milhões de doses adquiridas para 2024. A vacina, conhecida como Qdenga, foi incorporada ao sistema público de saúde no final de 2023. Contudo, sua utilização inicial será restrita, visto que a Takeda possui capacidade limitada de fornecimento.
Devido à capacidade restrita, apenas cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas em 2024, pois a vacina requer duas doses com um intervalo mínimo de três meses. O lote recebido no sábado passará pelos trâmites de liberação da Alfândega e Anvisa antes de ser enviado ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). O Ministério da Saúde solicitou prioridade nessas etapas, com conclusão prevista para a próxima semana.
Os critérios para distribuição incluem os municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população igual ou superior a 100 mil habitantes. A estratégia de vacinação, definida pelo Ministério da Saúde em conjunto com Conass, Conasems, CTAI e OMS, será divulgada nos próximos dias, com previsão de aplicação das primeiras doses em fevereiro.
Curitiba, por sua vez, registrou 28 casos de dengue nos primeiros 15 dias de 2024, com três casos autóctones no bairro Campo do Santana. O monitoramento epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) destaca a importância da colaboração para evitar novos casos.
Três casos autóctones foram registrados, sendo um senhor de 78 anos, sua filha de 39 anos e uma mulher de 42 anos, imunossuprimida. A SMS alerta sobre a necessidade de atenção aos sintomas, especialmente em grupos vulneráveis, como idosos, crianças e gestantes. O tratamento da dengue é baseado em hidratação intensa, e a busca por atendimento é recomendada aos primeiros sintomas, com atenção aos sinais de alarme após o quinto dia.